quinta-feira, 30 de abril de 2009

A maravilhosa dor alheia.


















O peso da cruz de cada um é tão grande quanto se imagina?
A menina rica sofre por não ter viajado neste verão, a dona de casa por não ter dinheiro para pagar uma conta, mendigos por não ter o que comer, casais por não ter a atenção que pedem de seus companheiros, o filho por ter perdido a mãe, não importa qual é o problema, nenhum é maior ou menor para quem os vivencia.
Pensar que eu tenho mais motivos para chorar por que perdi minha mãe não significa que minha vizinha não pode chorar por Não ter comprado o carro zero que ela queria, todos temos conflitos e problemas, mas por quê os nosso são sempre maiores que os dos outros?
Acredito que seria meio infantil pensar isso, pois só sabemos a dor que sentimos, estamos tão envolvidos com nosso mundo que não imaginamos o mundo do lado, todos temos dias em que temos que esquecer as lástimas de um amigo, porque a dor dele vai passar, a minha é que é eterna, "Ela nunca vai voltar... Estou gorda como uma porca...Será que vou vencer mais essa?..."
Toda vez em que vejo o jornal penso que posso imaginar exatamente como é viver no Iraque, mas não posso, só quem está lá sabe com exatidão como é. O que não significa que ser brasileiro seja fácil, aqui também temos nossas guerras, e aos montes, por tanto, lembremos, a cruz de cada um tem o peso exato que ele mesmo dá, não o que imaginamos.

Um comentário:

  1. Uma brincadeira, sei lá por que razão... Deu na telha, aí está então:

    A menina rica sofre por não ter viajado neste verão;
    a dona de casa por não ter dinheiro para pagar seu pão;
    mendigos pela falta de compaixão;
    casais por não terem se dado a devida atenção; o filho por ter perdido a mãe e seu quinhão; não importa qual é o problema, o seu é vão.

    Pensar que eu tenho mais motivos para ser chorão
    não significa que minha vizinha não pode ter sua vindicação
    por não ter comprado sua própria condução.

    Todos temos uma inexorável questão,
    mas por que a nossa é sempre de maior extensão?

    Acredito que seria meio infantil tal reflexão, pois só a dor que sentimos é de nossa apreciação.
    Estamos tão envolvidos com nossa própria confusão
    que não imaginamos o mundo ao lado e sua ebulição,
    todos temos dias em que se deve esquecer as lágrimas de amiseração,
    porque as dores deles, essas passarão,
    a minha é que está em franca expansão:
    "Ela nunca vai voltar à minha dedicação..." "Estou gorda como um leitão..."
    "Será que vou vencer mais essa provação?..."
    Sempre que vejo o jornal imagino como é viver no Iraque, com precisão,
    mas não posso, só quem está lá o sabe com exatidão.
    O que, absolutamente, significa que ser brasileiro seja viver de verão,
    aqui também temos nossa própria conflagração, e à exaustão.
    Por tanto, lembremos, a cruz que possui cada irmão
    tem o peso exato que lhe é dado por sua concepção.

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