sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

?

Quem nunca teve o peito partido por um raio?
Nunca teve um dia mal acabado?
Um sentimento errado?
Um amor decepcionado?
Uma mulher frustrada?
Uma história mal interpretada?
Quem nunca teve em si ao menos uma?
Quem nunca?

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Teu Amor, meu Amor, nós e mais nada.






Não digas não, nem finque a negativa;
me deixe ser teu, nos deixe ser nós
quero divulgar o meu amor por ti
relatar aqui a verdade, te amo.
deixar esse meu passado amargo
deixar para trás velhas tentativas
e viver o carinho, de ser contigo
um alguém melhor, repleto de amor
completo de paz, alegria e dádivas
quero te dar meu sangue em teu nome
quero ter teu tu e não mais teu vós
e conjugar-nos assim, bem completos
ai de mim, ai desse Amor errado
esse traste maldito atirou a flecha;
e mirou em peito aberto o alvo errado,
mas ai mais de mim acima de tudo
que só tenho valor por ti, meu amor.
Sim amor, sim minha vida, meu sangue
e quem sabe de mim sem ter a ti
quem pode dizer quem sou sem teu amor
não quero pagar pelo meu passado,
nem ser outro eu, quero apenas saber
do mais nobre carinho, aconchego
quero apenas saber de ti, e ser teu.
Se para tanto tenho que ser romântico
então que assim seja d'alma inteira;
sem demora, ou escolhas, nem rompantes
estar na terra embebido de ti,
e sentir teu chão queimando por mim
fazer de meu tempo essa escola
não as antigas, as futuras, mas a tua

O que mais posso eu dizer-te, o que mais?
Só posso agora dizer uma coisa...
dizer que Te amo minha pequena,
dizer apenas que sou teu Ticiana.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Piada pública















Ai que se da minha estrada me vejo ;
não por estar, nem poder SER,
mas que daqui onde fico, só eu posso ESTAR,
vou ancorar meus pés nessa terra
vou guardar meu sonho nesse tempo

Se falado a mim fosse, daria um
na mente mal dita do não PERCEBER
mas assim notei a PASSAGEM;
vou ancorar meus pés nessa terra
vou guardar meu sonho nesse tempo

Do amor que não FIZ,
em teu rosto colorido da VERGONHA
de meu peito ardido no caminho SEGUIDO;
vou ancorar meus pés nessa terra
vou guardar meu sonho nesse tempo

Sim que meu curso é feito por MIM,
e ninguém segui-lo vai, não nesses DIAS
estarei só, de portas fechadas, CRIANDO;
vou ancorar meus pés nessa terra
vou guardar meu sonho nesse tempo

Na cor rubra de tau face, em teu OLHAR
vejo agora meu caminho, meus PASSOS
mas já os sabia, sim era SABIDO;
vou ancorar meus pés nessa terra
vou guardar meu sonho nesse tempo

Serei só, estarei só, darei nó em mim,
e vou perceber a passagem que fiz,
e nem vergonha, nem o que seguirá
farão de mim, ou dos meus dias
uma criação de meu olhar,
pois vou dar passos largos, sabidos.

Vou ancorar meus pés nessa terra.
Vou guardar meu sonho nesse tempo.

sábado, 15 de agosto de 2009

A resposta da imagem que criamos.













Certa vez um homem se questionou, se perguntou onde estava a felicidade;
não encontrou nenhuma resposta, nem mesmo sussurro.
Nem Deus nem o Amor souberam responder quando a eles se dirigiu;
assim sua frustração só fazia aumentar, sua magoa e tristeza.
Mas a que deve o homem para ser feliz, que caminhos realmente tomar?
Sem resposta o homem não sabia o que fazer, e assim poderia ele falhar;
desta forma ele buscou não mais ser feliz, buscou a penas saber-se,
porém suas frustrações e suas tristezas ainda não cessavam,
mas o homem continuava sem buscar a felicidade, a penas sabendo-se.
Pensou ele então "pra que buscar aquilo que só posso ganhar"?
Porém tal resposta não lhe bastava também.
Pois quem gostaria de precisar de caridade para ser feliz?
Então mais uma vez ele foi a Deus e seu Anjo, e eles lhe perguntaram:
"O queres com a felicidade, o que buscas nela?"
O homem pensou em dizer que era a tranquilidade, ou mesmo satisfação,
mas logo percebeu que estava procurando isso no lugar errado,
então refletiu ele mais uma vez frente a Deus e ao Amor:
Compreensão, alegria e quem sabe sabedoria.
E de mesma forma parou e pensou "ainda sim este seria o lugar errado".
Eis que o Amor lhe fez outra pergunta:
"Tu que és homem saberdes o que é felicidade?"
O homem esboçando uma resposta astuta e ligeira, estagnou-se
não pode lhe responder, nem mesmo as respostas que ele pensava ter,
então o homem virando-se a Deus disse:
"Senhor por que não posso eu ser feliz?"
Então Deus olhou nos olhos e disse-lhe para perguntar ao Anjo ali postado.
Antes que o homem lhe perguntasse o Anjo lhe interpelou de supetão.
"O que buscas é felicidade?"
O homem mais uma vez querendo mostrar-se sabedor diz-lhe:
"Sim, busco saber a felicidade para poder ser feliz."
Então com um leve sorriso o Amor lhe toca os ombros e lhe exclama:
"Ah!!! Claro que buscas isso, a final essa era tua pergunta!!!"
Assim o homem se enche de esperança com a resposta que viria.
E o Anjo lhe discursa:
"Meu caro posso lhe dizer que felicidade esta em casar, em uma casa;
que ela também pode ser uma viagem, ou um por de sol;
até mesmo que está no encontro de uma pessoa,
mas como vais saber ser feliz e saberdes feliz, se não sabes o que é ela,
como serás feliz se não sabes onde me colocar em tua vida?"

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Descompasso

Hoje descobri que o amor não são as rosas,
nem mesmo primavera, tão pouco o sol;
o amor é espinho, é inverno, é nuvem,
o mais frio, mais absurdo dos tempos.
Descobri que amor se guarda em jarra,
se diz baixinho, em gemidos e olhos virados;
que amor se escreve errado, e não se lê.
Hoje descobri que amor é amar sempre,
é saber que frio aproxima e nuvem traz cama,
que primavera é pra quem olha;
ah se pudesses amar o que amo, como saber?
amar é espinho com beijinho,
friozinho com carinho,
nuvem com docinho,
é amável,
é amor.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Correspondência.





















Batatinha quando nasce,
se esparrama pelo chão;
se amor por ti eu tenho??
tenho sim, não nego não.

Batatinha quando cresce,
alimenta em abundância;
e amor pra ti não nego,
mesmo com toda a distância.

Batatinha quando acaba,
deixa partido o coração ;
seja por ignorância.
ou mesmo desolação.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Coisa pra se guardar.

O que se pode dizer...
que se pode explicar...
como descrever...
que palavras...
quais...
para quem divulgar...
com quem dividir...
a quem falar...
sabedes...
Oras...
Nada explica.
Nada descreve.
Não existem palavras.
Não há como se divulgar.
Não existe como falar.
Há apenas amigos, com altos e baixos.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

?

O Senhor, um Infante.















O Tempo,
que Senhor,
uma Criança
sem memoria.
Ah! O Tempo.
Que senhor,
que Criança
sem medida.
Sim, Tempo,
és Audaz,
és algoz,
és lascivo.
Ah! O Tempo!!!
Que Criança!!!
Lastimável,
a espera,
na espreita
de repente...
estamos...
...sem Tempo.

domingo, 12 de julho de 2009

A busca eterna do Soldado.

Armado com minha espada riste,
observo o vale que me aguarda,
vou penetrar-te com força e audácia,
vou escutar teus gritos e murmuros.

Serei outra vez Soldado das armas.
Regozijarei o mais intenso ardor,
e desta névoa que te encobre
nenhum outro soldado sorvera.

Despir-te-ei deste vale sombrio
que esconde o deleite absurdo...
...absurdo de prazer e gozo,
estou bem armado de punho riste;

Quando estiver deitado a relva
gozando do prazer da vitoria
lembrar-me-ei dos gritos assombrosos
e da noite que enfrentei junto a ti.

És corajoso vale robusto,
mas nem por isso deixarei as armas,
nem por isso poderei morrer.
Pois outros vales sei que virão.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Pequenas diferenças, grandes mudanças.















Segundo Aurélio:
DESCASO = desatenção
LIBERTINAGEM = que não se prende ás convenções sociais ou da moral, esp. em relação ao comportamento sexual; lasso, libidinoso, licencioso.
§ indivíduo libertino§
LIBERDADE = estado ou condição do homem livre
confiança intimidade.
Acredito que muitos entenderam o que esta subentendido no texto acima, mas vou elucidar, exemplificar e também referendar com uma forma muito citada aqui.
Bem, descaso é quando se tem um relacionamento e você, ou seu par, sai com os colegas, e ao retornar pra casa você nem mesmo sabe e também pouco lhe interessa o que aconteceu ou mesmo se aconteceu, libertinagem é você chegar em casa, ou seu par, e receber mais alguns beijos além daqueles que já foram distribuídos deliberadamente em outrens, e por fim, liberdade é quando você sai com os colegas e quando retorna tudo que você ouve é uma frase perguntando como foi o dia ao invés de uma dizendo que você saiu e não deveria.
Acredito que agora tenha ficado bastante claro, mas ainda existe um ponto importante nestes fatos, pois tais fatos somente são relevantes se esse relacionamento vier com uma palavra "AMOR", pois são esses que fazem toda diferença, é a escolha de qual forma você vai tratar seu bem mais precioso que acabará por revelar qual vida você quer ter, pois o amor é feito disso, vou tentar ser mais claro, embora acredite estar bastante claro o que quero dizer.
Bem vamos aos fatos, alguns dias atrás escutei uma conversa de um casal, e o homem dizia o seguinte chavão:
- O amor é como uma planta, a gente tem que regar, colocar ao sol, adubar e conversar as vezes...
Isso pra mim é um ato de atenção, ou no mínimo o contrário de DESCASO, mas iremos em frente.
- Algumas vezes ainda temos que deixar a planta lá no sol, sozinha crescendo por si só...
Bem nada mais elucidante para liberdade.
- Uma planta não cresce sem aprender como se faz para crescer, embora ela faça isso sem precisar que ninguém explique pra ela...
Bom, nessa hora fui descoberto escutando a conversa e delicadamente me retirei, mas acredito que todos notamos onde quero chegar, se não cuidarmos a planta vai morrer, se não deixarmos ela se conhecer ela também vai morrer e por fim se não dermos um bom exemplo ela simplesmente vai nos copiar e fazer errado também. Cuidem de seu Amor, adubem, coloquem ao sol, de exemplos bons e nunca deixem ele pensar que está sozinho, mesmo que vocês não estejam lá para segurar sua mão.

terça-feira, 30 de junho de 2009

O oitavo Dia.

Quando eu era pequenino tinha um amiguinho.
Meu amiguinho era Adão, ele era esperto, mas não muito...
Adão tinha uma namoradinha e ela não sabia,
mas também nem precisava saber, era bonita que só vendo...
Eu gostava de outra menina.
Ela tinha olhos brilhosos feito o céu de noite escura...
e uma língua afiada feito faca,
como já tinha dito minha mãezinha...
Mas Adão namorou sua menina,
eu não namorei a minha, mas nem queria, era só pra olhar...
então um dia Adão convidou sua menina pra passear.
Ela foi bem alegre e contente,
no passeio encontraram minha menina, elas conversaram...
e Adão, com não era esperto, não entendeu nada.
Assim foi embora sem saber o que era.

A Criação

Eu tinha uma cadelinha que se chamava Costelinha,
Costelinha era muito carinhosa e atenciosa,
nunca me dera problemas ou mágoas, sempre a mesma,
certa feita levei Costelinha a praia para ver o Mar...
deixei Ela por alguns minutos e quando voltei, notei;
notei Costelinha namorando outro cachorro.
Amarrei Costelinha num navio, e Ela... (ai, ai!!! Pobre bicha)
...nadou, nadou, nadou, até cansar e parar de nadar;
- O outro cachorro?
Eu mesmo matei.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Estou Emburrecendo!

Vou Emburrecer, sim vou, sem duvidas!
Não estou aqui pra pensar,
vou me formar na escola da ignorância.
Sim vou, e devo isso, tudo isso...
aos "mestres", sim a eles, a esses,
esses ignóbeis gentilicos do discurso vazio.
Vou Emburrecer, sim, vou sim...
não vou pensar, apenas ser literal,
e assim emburrecer, debilitar-me.
Mas e dai??? quem ira importar-se???
Serei só mais um a formar a esmo...
a formar uma sabedoria de merda,
um saber falso e um discernimento vazio
Vou me formar na burrice, ignorância
na mais completa letargia academica.
Vou Emburrecer, sim, vou para de pensar,
e lhes agradeço, queridos "mestres";
queridos aleijadores de pensamentos,
meus "mestres" de merda.
Vou Emburrecer e devo isso a vocês.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Para minhas mulheres com carinho.

De maneira bastante parca quero fazer uma declaração, pois hoje relatei, em mim, uma singularidade que há algum tempo (muito tempo devo dizer) é latente, Sou um Adorador das coisas Simples, um vinho, cerveja, filme, hitorias em quadrinhos, conversas sobre o nada, filosofia de buteco...e uma outra coisa que é ao mesmo tempo que simples bastante complexa, as mulheres. Sim esse ser capaz de coisas que "até Deus duvida", mas "Que o Diabo aprova", as mulheres (de todos os tipos) são uma espécie de livro aberto, porém escrito em uma língua que após sua efetivação torna-se inelegível até mesmo para elas.
Ora vejamos se consigo me fazer entender: tenho uma namorada, por quem sou perdidamente apaixonado, mas que também me carrega as raias da loucura, acredito que todos os homens com relacionamento sabem do que estou falando, elas nos fazem pensar que um cartão vai lhes trazer uma alegria indescritível (não estou negando que faz), mas pobre do homem que não chegar na hora marcada, ou mesmo se não conseguir leva-las na casa de uma amiga que há muito ela não vê.
São de longe o ser mais amável e apto a uma conversa ao pé do ouvido, e ao mesmo tempo o ser mais vingativo e rancoroso, como tal dádiva do divino pode ser duas coisas tão distintas ao mesmo tempo???
Nem vou me atrever a responder isso, posso não só arrumar uma "briga" como também desencadear uma sequência absurda de asneiras, mas não vou me conter em dizer que sou um admirador ferrenho deste genero, e me desculpem os machistas, mas não existe nada mais edificante e enaltecedor que estar ao lado de uma mulher, pois acreditem amigos homens, sem elas não seriamos "homens", seriamos sim uma espécie de abominação irracional e sem o mínimo de discernimento. Digo isso pois não só convivo a mais de cinco anos com uma mulher maravilhosa, mas por ter sido criado por três mulheres formidáveis e de longe mulheres com "M" mais que maiúsculo.
Simples como só elas sabiam e/ou sabem ser, mas complicadas como só elas sabem se portar, já cheguei a pensar que elas fazem isso para nos provocar, mas não é (não o tempo todo) pois elas também o fazem umas com as outras também e é justamente nesse ponto que a minha admiração ganha um estatus de certo desprazer, pois fiéis elas são (nem sempre, mas...)mas leais a espécie... Ah! Isso nem pensar, pois ao menor sinal de acontecimentos "inesperados" elas já tomam a frente e preparam-se para o bote certeiro na vítima.
Contudo não é desse aspecto que quero falar, quero apenas dizer que as amo, sim, a todas (embora com mais sentimento a minha pequena), por isso nada mais simples que cuidar de uma vida, mas nada mais complexo que gera-la, e isso elas fazem eximiamente.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Renovação da Fé.

Hoje com toda certeza é um dia especial pra mim, vou tentar explicar em detalhes esse motivo - pra mim tão festivo.
Não sou religioso, embora já tenha tentado inúmeras vezes ter esse tipo de crendice, mas tenho Fé nos "Homens", sei que já nos foi provado centenas e milhares de vezes o quanto podemos ser rudes, maldoso, dissimulados e passiveis das piores atrocidades, mas pra mim isso são atos, e esses sim são plausíveis de repulsa e rebelião, porém os homens, esse merecem que lhes creditemos Fé, não uma Fé religiosos, mas Fé de acreditar. Já a muito tempo venho cultivando um certo desdém pelos atos da Humanidade, mas hoje... hoje vi algo que deveria estar com uma maquina para fazer provar aquilo que parece ser um ato do simples cotidiano, mas que pra mim ganhou estatos de homenagem a Humanidade, na verdade posso até dizer que não foi um ato isolado, mas sim uma sequência de atos, que poderiam se estender a todos e a qualquer um.
Pois bem, vamos aos fatos... (que irei tentar descrever com riqueza de detalhes).
Por volta de nove horas da manhã desta quarta-feira sai de casa para comprar erva de chimarrão e no caminho percebi que estava acontecendo um "encontro" de jovens velhos formandos, ou algo similar, saiam do carro um senhor, que aparentava uns sessenta anos e mais duas senhoras, ambas bem "distintas", esse mesmo senhor não só abriria a porta do carro como também fez questão de ajudar essas "meninas" a saírem dele, no outro lado rua estava prostrada uma outra senhora, que atravessaria a rua e dois meninos, que brincavam de algo que ainda não consegui discernis o que era.
Após a delicadeza de ajudar essas duas senhoras, o senhor atravessa a rua, todos juntos em passos bastante vagarosos, e para ao lado da outra senhora sem dizer nada, apenas para ali e espera o momento certo, e eis que ele o chega - perto de minha casa existe uma obra que a prefeitura já se tarda em acabar, e que faz com que maquinas de tamanho bastante avantajado circulem de um lado a outro - a senhora coloca-se a caminhar e o senhor sem dizer nada ainda a acompanha até outro lado da rua (devo acrescentar aqui que parei e observei a cena até seu desfecho) e quando a senhora já encontrava-se na calçada no outro lado, virando-se meio envergonha, acredito eu pela expressão em seu rosto, solta um sorrizo singelo e um obrigado satisfeito, o senhor sem responder nada diz com um outro rizinho reciproco "de nada" e volta-se ao destino dele.
Eu ali parado a cerca de cinco ou seis passos dessa cena me vi realizado, não por ele ter feito isso, mas por ter visto em seu rosto e em suas atitudes que aquele obrigado tornou-se "um nada" perto da satisfação demonstrada e do seu orgulho em ter feito algo, que para muitos é uma bobagem, mas que para ele foi um "ato de amor ao próximo". Esta cena não durou mais que três ou quatro minutos, mas encheu olhos de felicidade e preencheu meio peito com algo que já havia perdido, a Fé pelos Homens, queria eu que existissem vários iguais a tal senhor, e que esses também tomassem essas atitudes na política, nas academias, nas lojas, grandes centros...
Não quero dizer aqui que tal acontecimento irá mudar minha vida, pois muitas vezes nem mesmo eu sou capaz de tamanha grandiosidade, mas com toda certeza a realização de fazer bem a outro me satisfaz em alegrias.
Hoje com toda certeza vi minha Fé é renovada nos atos dos Homens, e mais que isso, vi que ainda somos capazes de fazer bem e/ou o bem, pois se conseguimos em um único homem fazer tal ato de desprendimento e carinho, por qual motivo todos nós não seriamos capazes fazer????

terça-feira, 2 de junho de 2009

Só uma coisinha singela.



















Duas coisas me fazem feliz, na verdade são bem mais que duas, porém essas duas são a "razão" da minha "loucura", e não existe um mundo perfeito sem elas pra mim. A primeira é o amor, ou como sempre preferi pensar "minha real noção de musa", e a segunda é o que nem sempre consigo fazer de forma satisfatória pra mim, que é escrever.
Não sei exatamente como as pessoas conseguem viver e/ou sobreviver sem ambas, só sei que pra mim a vida se resume em quase todo tempo a essas coisas, descobri depois de muito tempo que não sei passar pela vida sem um amor verdadeiro, e assim também descobri como é amar de verdade, não amar com carne, mas amar por amor, sem me preocupar se vai ser reciproco ou não vai, o que vai fazer a diferença é o sentimento que tenho, pois posso amar muitas pessoas de diferentes formas, como amo meus amigos, como amo minha família, meu trabalho... porém nenhum desses amores me inspira mais que uma determinada pessoa, que faz cerca de cinco anos - bastante tempo - que está ao meu lado, e sinto hoje que é graças a essa bênção que tenho momentos de inspiração tanto no trabalho quanto na minha intimidade.
Sei que mais uma vez estou sendo repetitivo e dizendo de outra forma aquilo que já escrevi inúmeras vezes aqui, mas o que pode ser mais importante que amar as pessoas???
Não imagino nenhuma resposta plausível, nem mesmo um argumento sustentável, o amor é a pedra fundamental, e sinceramente não vejo "poder", "dinheiro" ou mesmo qualquer outra coisa que possa substituir isso, embora eu conheça e tenha convivido com isso a minha volta, não consigo concordar (sim, sou romântico).
De qualquer forma nada tem mais valor que amar um outro alguém, seja em que ponto do amor estamos incridos, matrimonialmente, amigavelmente, profissionalmente...
O desabafo aqui é meio impróprio, mas nunca me senti tão inspirado quanto me sinto amando.

Na volta pra casa.















Se te perdes em febril ardor,
e de amor voltares da cova...
se voltares a ver amores, ama e volta
sem relembrar a morte.

Se em amor te veres perdido,
lembra que amas agora, não antes
nem depois, mas nesta hora
se a morte não permitir voltares...

E em amor perdido ficares...
lembra da hora marcada,
das flores agora pousadas

E que teu amor não jaz em teu leito,
nem ao teu lado gelado
mas em teu peito lotado.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Balada do caixão
















O meu vizinho é carpinteiro,
Algibebe de Dona Morte,
Ponteia e cose, o dia inteiro,
Fatos de pau de toda sorte:
Mogno, debruados de veludo,
Flandres gentil, pinho do Norte...
Ora eu que trago um sobretudo
Que já me vai aborrecer,
Fui-me lá, ontem:(era Entrudo, Havia imenso que fazer...)
-Ola bom homem quero um fato,
Tem que me sirva? - Vamos ver...
Olhou, mexeu na casa toda.
-Eis aqui um e bem barato.
-Está na moda? - Está na moda.
(Gostei e nem quis apreça-lo: muito justinho, pouca roda...)
- Quando posso mandar buscá-lo?
- Ao pôr-do-sol. Vou dá-lo a ferro:
(Pôs-se o bom homem a aplainá-lo...)
Ó meus Amigos!Salvo erro,
Juro-o pela alma, pelo céu:
Nenhum de vós, ao meu enterro,
Irá mais dândi, olhai! do que eu!

Devo confessar minha parca sabedoria e conhecimento sobre esse autor português, assim como também devo dizer que esse poema, em particular, embora bastante mórbido, também é bastante expressivo. Nada como ter um António Nobre.

domingo, 17 de maio de 2009

Mais alguns Detalhes
























































Por ventura de ser.

Não é tempo de sermos medíocres,
vamos levantar a daga afiada ,
as mãos em punhos serrados;
deixemos de ser fracos e torpes .

Neguemo-nos a essas putas ,
também a seus filhos ridículos,
levantemo-nos bravamente;
que seja restaurado o poder.

Povo não se subestime,
é tempo de mostrar quem somos;
lutai ó povo outrora apequenado.

Não abdiquemos nosso poder,
tomemos aquilo que é nosso;
ao povo flores, ao resto morte.


Procuro sempre manter uma relação entre a palavra e a imagem, mas ao escrever esse poema, e que posso dizer que não é justo chama-lo de soneto, não encontrei nenhuma imagem que por ventura ilustrasse a indignação ou mesmo perplexidão que sinto de fazer parte desta terra, já tão moribunda e fraca de gente, para mais uma vez levantar e lutar. Não quero incitar e/ou fazer qualquer apologia, mas até quando vamos baixar a cabeça e os punhos, até quando será tempo de nos deixarmos envergonhar por uma política feita por ladrões e/ou abostados, não digo isso por sermos gaúchos ou brasileiros, digo por sermos "Povo".
Voltou o tempo em que devemos lutar contra os diretores mesquinhos, as autoridades envelhecidas pelo poder, as falsas leis, as falsas religiões, aos falsos homens, deveríamos ter vergonha de quem somos por aceitarmos a religião que o "Estado" e o "Direito" nos impuseram. Sou muito mais que bairrista ou patriota, sou um ser vivo em pleno estado de letargia por ter minha mão riste em quanto outros encontram-se de cabeça baixa.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Nada é mais explicativo.















Bom já falamos sobre Amor, sobre alguns Detalhes, sobre Páscoa, Religião e outras coisinhas mais, por tanto hoje é dia de falar de "nada", ou melhor "sobre nada".
Bom não sei o que acontece com outras pessoas, mas eu acredito que na verdade não existe o "nada", pois isso que chamamos "não fazer nada" é o que nos constroi, e justamente isso que nos dá uma identidade, pois vejamos isso dessa forma:
Fazer nada é justamente construir quem somos, se estamos parados observando, estamos pensando e construindo uma opinião sobre o que observamos, se estamos com nossos pares estamos "namorando", estamos construindo a relação, e refletindo sobre ela, se estamos nos dirigindo para algum lugar, não caminhamos apenas, mas estamos fazendo um caminho previamente escolhido, e essas coisas dizem muito de nós.
Algum tempo atrás comecei a escrever um pequeno ensaio ficcional sobre a vida de um casal, que na verdade não fazem nada, o homem trabalha - na sua opinião muito, mas pouco para o que ele realmente quer - a mulher tem seu trabalho também, mas ambos sabem, ou não, que o que eles realmente fazem durante suas vidas é rotina, ou seja, eles se controem através dessas pequenas coisas que não dizem "nada". Obviamente que existem outras coisas na historia, mas são fragrâncias, nada que realmente tenha um grande impacto na vida de qualquer um, só que é justamente isso que faz a diferença, pois a rotina, o nada, e o detalhe estão muito próximos em determinados momentos.
Nessa ficção existem apenas dois acontecimentos extraordinários, o primeiro é a chegada de um doente no hospital onde o homem trabalha e o segundo é a "gravidez" da mulher, a principio nada disso tem uma relação continua ou mesmo fragmentada, mas é justamente isso que une os acontecimentos, pois não existe - na minha opinião - outra coisa se não o nada que faz e/ou dá sentido a vida das pessoas. Estamos a tanto tempo esperando o acontecimento do ano, que não reparamos nos acontecimentos mais banais de nossa historia, não notamos o "nada" de nossas vidas e o milagre se perde, o detalhe se esvazia, e o grande acontecimento se torna fugaz, pois quando ele chegar o que vai garantir sua real importância?
Vamos estar a tanto tempo querendo isso, que quando ele chegar pode ser que nem notemos, ou então que ele chegue, que a gente note, mas que ele não vai ter mais nada pra nos falar quando acabar, e desta forma vamos ter esperado o que??? O fim, ou vamos ter esperado que alguma coisa aconteça que nos mude depois?
É a historia do vestibular, quando estudamos para isso - e digo por mim - queremos passar e quando passarmos vamos ter uma vida diferente, nossa vida vai mudar, engano minha gente a vida vai continuar a mesma, nada de especial vai realmente mudar, mas é isso que faz a diferença, pois não deveríamos esperar por isso como se realmente nossas ações futuras dependessem disso, não quero dizer com isso que devemos ser passivos, mas pensem, o que faz nossas vidas mudarem, o que nos faz ter aquela ideia milagrosa, ou mesmo aquilo que nos trás a alegria das coisas???
É justamente o "nada", é o acontecimento cotidiano, é o detalhe mais improvável, o olhar mais despropositado, por isso começo a pensar que a melhor maneira de se construir qualquer coisa é a partir do "nada".

quinta-feira, 30 de abril de 2009

A maravilhosa dor alheia.


















O peso da cruz de cada um é tão grande quanto se imagina?
A menina rica sofre por não ter viajado neste verão, a dona de casa por não ter dinheiro para pagar uma conta, mendigos por não ter o que comer, casais por não ter a atenção que pedem de seus companheiros, o filho por ter perdido a mãe, não importa qual é o problema, nenhum é maior ou menor para quem os vivencia.
Pensar que eu tenho mais motivos para chorar por que perdi minha mãe não significa que minha vizinha não pode chorar por Não ter comprado o carro zero que ela queria, todos temos conflitos e problemas, mas por quê os nosso são sempre maiores que os dos outros?
Acredito que seria meio infantil pensar isso, pois só sabemos a dor que sentimos, estamos tão envolvidos com nosso mundo que não imaginamos o mundo do lado, todos temos dias em que temos que esquecer as lástimas de um amigo, porque a dor dele vai passar, a minha é que é eterna, "Ela nunca vai voltar... Estou gorda como uma porca...Será que vou vencer mais essa?..."
Toda vez em que vejo o jornal penso que posso imaginar exatamente como é viver no Iraque, mas não posso, só quem está lá sabe com exatidão como é. O que não significa que ser brasileiro seja fácil, aqui também temos nossas guerras, e aos montes, por tanto, lembremos, a cruz de cada um tem o peso exato que ele mesmo dá, não o que imaginamos.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Vai saber de verdade






Escrever sobre amor é sempre muito corriqueiro, e também muito difícil, gostaria eu de falar desse assunto como Martha Medeiros ou mesmo como Veríssimo, mas como não tenho nem a sutileza de um, nem o esclarecimento de outro, me contento comigo mesmo.
Porém posso dizer, de carteirinha, o quanto é difícil amar, e isso não inclui se a pessoa é ruiva e alta ou baixa e loira, nem mesmo se é sua vizinha ou mora em outra cidade, ama r é uma situação que exige certo equilíbrio e o mais estranho é que o próprio amor nos tira de rotação. Somos preparados para tudo nos relacionamentos, mentiras, loucuras e despautérios, mas não nos ensinam a amar a outro, não aprendemos o amor que desnuda, que avassala e que irrita, pois o amor é muitas vezes irritante, a pessoa "nunca" sabe o que o outro quer e quando sabe, bem fica mais complicado, pois não é possível fazer de bom coração, já que estamos tão irritados que é melhor fechar a porta e ir cada um para seu canto, e quanto mais vamos amando menos tempo temos para o amor.
Queremos fazer tudo, tomar sorvete, acampar, falamos do tempo do universo e no final de tudo ainda podemos ser surpreendidos, por que não conhecemos a pessoa por completo.
Será que podemos ser preparados para amar, será que um dia ainda vamos notar que temos que dar sim, o amor primeiro, mas que também precisamos ser amados por primeiro. Não falo aqui só de amor entre sexos opostos, falo também entre filhos e pais, entre irmãos, entre vizinhos e entre amigos, me preocupo sim muito mais com o amor entre opostos, pois esse será "meu futuro", mas se esse não souber me amar, e se tudo que tenho a fazer é amar antes que algo aconteça??? E depois Vêm as brigas, as crises e isso nos dará motivos para amar mais ainda, pois mesmo depois de tudo isso, veremos que é com essa pessoa que queremos estar, mesmo que para isso acontecer a pessoa tenha que aprender que também temos nossas nessecidades.
E ainda tem os filhos, e isso, acreditem vai piorar mais ainda as coisas, pois vamos acreditar que somos menos amados que eles, e não teremos mais tempo para namorar, e seu amor vai estremecer, e ao mesmo tempo vai aumentar, pois aquele filho também é seu. E depois de todo esse tempo tentando aprender a amar, veremos que apesar de não estarmos preparados para o amor, amar vai ser tão difícil quanto escolher um amigo, ou um sabor de refrigerante, pois mesmo sabendo que a Coca-cola é saborosa ainda existe a Fanta-Uva.

domingo, 26 de abril de 2009

Pequena, descobertas.

"Me abrace e me dê um beijo,
Faça um filho comigo!
Mas não me deixe sentar na poltrona
No dia de domingo!"

Marcelo Yuka.

Já começo a me achar repetitivo, mas sinceramente acredito que repetição muitas vezes é a ênfase em alguma coisa que realmente é importante, e bem, o que pode ser mais importante do que o sentimento amoroso e a verdade???
Sempre tive uma ideia, bastante particular, das duas coisas, mas juntas a ideia é mais absurdamente estranha, todas as vezes que tive que pensar em casamento, ou relacionamento, a primeira coisa que me vêm a cabeça é "pra que exactamente isso, pra ficar em casa, ter filhos, construir uma casa, construir um destino???", algum tempo atrás após entender algumas delicadezas descobri que, na verdade o amor está em estar "sentado na poltrona" e mesmo assim se saber no mundo.
Vou tentar explicar esse paradoxo da seguinte forma:
Escolhi a literatura como profissão, ou como prefiro chamar "as letrinhas artísticas", justamente por isso me fazer "perder" dias em livros que muitas vezes descubro não gostar - desculpem meus professores, mas vocês poderiam escolher melhor seus cânones - e isso me leva a um mundo de descobertas, e faço todas elas sem me levantar da poltrona, conheço lugares que não existem, sentimento que ainda não conheço, pessoas que nunca conviveram comigo, histórias das mais mirabolantes, e tudo isso bem aqui nessa poltrona que esta bem ao meu lado, e tudo isso por que elas, as letrinhas, não me deixam sentado.
Elas me dão a verdade, me trazem uma verdade e um amor que só posso comparar com a chegada do amor verdadeiro, e quando descobrimos esse amor queremos construir as casa, os sentimentos, os filhos, as ideias "certas", queremos um mundo onde tudo que temos de seguro é saber que tudo o que queremos é exatamente aquilo que não sabíamos buscar até encontrar a pessoa certa.
Quero sim construir, ler, ver, tocar, e mais que tudo isso quero ter a certeza que só o amor trás, e junto dele jogar pequenos sonhos fora, não que esse sejam realmente pequenos, mas por que eles são aquilo que conheço, não posso descrever em palavras o que é felicidade, porém posso dizer que estar na poltrona pode ser a mais absurda e concreta felicidade, e será nela que construirei a casa e tudo mais, e meus alicerces sendo ou não construídos em cima de pétalas serão os mais completos e repletos de uma segurança divina.
Se existe ainda duvidas, é bastante simples se pensarmos assim:

"A minha alma tá armada e apontada
Para cara do sossego!
Pois paz sem voz, paz sem voz
Não é paz, é medo!"

terça-feira, 21 de abril de 2009

segunda-feira, 20 de abril de 2009

De dor e amor todos sofremos, uns mais outros menos.

Me matastes hoje mais do que em qualquer outro dia,
tirasse de mim e entregasse a dor sublime da alma,
se na dor o que te ofereço é amor, que pegues, e retornes
e se por ventura ainda souberes o que isso significa...
Vai-te, e leva contigo isso tudo, e deixes aqui um pouco de mim
que irei guarda-lo, e dele voltarei as chamas,e nelas as brasas.
Outrora o meu engano nos traiu, mas de que adianta a verdade?
Não sei a tua verdade, mas sei a dor que nela me trazes,
sei que nela o que tens é pouco,e que pra mim não basta.
Me arrastastes mais ao teu limbo, nem me deixes mais perto,
se o que queres é a indiferença, vai-te, e leva contigo isso tudo.
Ah! Te pedi tão pouco, mas nem isso és capaz, quase nada quis
só aquilo que poderias fazer por nós, mas te mostrasse nula,
Vil Serpente do deserto, não te darei mais nada, não criarei-te...
não em meu peito fervoroso, nem em minhas mãos carinhosas
Mas verdade seja dita, estou embebido em agonia, e mais nada.
E se peço-te pouco e nada podes me dar,
Vai-te, e leva contigo isso tudo, não me prives de ser novamente
se não juntos, se um, apenas eu, petrificado em mim mesmo,
Cão Malisento, não encontrarás mais nada em meu peito, nem coração...
não o meu, não o teu outrora revelado aqui dentro, és pequena.
És pequena pra mim, em adjetivos e substancia, és nada,
e se não podes ser tão pouco, se não podes ser capaz de doar-te.
Vai-te, e leva contigo isso tudo, e me deixes aqui como fazes,
não irei te impedir, nem pedir clemencia, o que podia já gritei...
não acharas mais em colo consolo, não que te sirva, não pra ti,
não regressarás a meio tom, pois esse é teu, e te peço inteira,
Ladainha Sotreta, não te deixarei nem um resquício do que sinto...
irei levando cada espaço antes teu, esses que não sabes ocupar.
Mas não te preocupes serei forte ainda, estarei mais vivo que agora,
e não te deixarei pensar feliz, mas te digo, és culpa, indiferença...
és a tua grande indiferença,e quem sabe o que mais...
quem pode além de si mesma saber o que mais,
quem pode dizer o que vais esconder, ou mesmo o que vais guardar.
Podes agora não mentir, mas podes agora esconder, pois és isso.
e se é só o que tens a doar-me, se ofereces tão pouco.
Vai-te, e leva contigo isso tudo,
Vil Serpente, Cão Malisento, Ladainha Sotreta.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Mais de "das letrinhas aos quadrinhos"


Coisas da natureza!!!!!!






Incrível pensar que um dia isso tudo vai virar historia, e as únicas coisas que irão restar serão o orgulho e a ambição desenfreada.


Isso é uma coisa que deveria ser no mínimo feito por todos os adultos, a criança, tanto vale quanto agradece, e de todas as idades...
Vai aqui um obrigado para Ticiana, minha arte finalista e companheira tão valorosa.

Coelhinho?????

Existem coisas que realmente me intrigam, e uma delas são as datas festivas, principalmente a Páscoa e o Natal, mas aqui, e devido ao dia do ano acho melhor, e mais conveniente falarmos apenas da Páscoa.
É fato que todos vemos essa data como um motivo pra comprar chocolates e outros presentes, mas em que lugar do tempo se perdeu o sentido desta data?
Bem se é uma data religiosa por que se faz necessário esse alvoroçar de gastos, nem sei bem ao certo se algum dia existiu isso, pois se para a religião cristã, a Páscoa significa a ressurreição de Cristo, e/ou a junção de seu "corpo" como seu "espírito", e para outras religiões, como o judaismos a data é comemorativa ao êxodo do povo israelita do Egito, como é possível que se tenha perdido tanto o significado desta data?
Posso estar falando uma grande besteira, pois vejam bem, o "Coelho da Páscoa" é um símbolo que em alguns lugares, como no próprio Egito, é visto como nascimento de uma nova vida, desta forma até podemos pensar que isso faz sentido, mas se formos um pouco mais além nesse assunto vamos ver que esse símbolo foi trazido pelos alemães para ás Américas, bem sendo assim a resposta ainda não esta totalmente elaborada, mas já é um bom princípio, pois desta forma o "Coelho da Páscoa", é um referente de que mesmo???? Sim no Egito "passagem para uma nova vida", mas na Alemanha, e acredito que esses não compartilhavam o mesmo ponto de vista e religioso dos egípcios, o Coelho não deva ter o mesmo significado. Bem sendo assim vamos partir para a segunda e não menos importe parte da Páscoa, o ovo, bom esse vai um pouco mais além, pois imaginem que os primeiros ovos foram de galinhas, sim, não era preciso pagar por eles, já que se podia te-los no próprio quintal, eram pintados, com delicadeza e destreza também, e nesses até acredito que exista significa pascal, não no sentido literal do termo, mas no sentido de doação e entrega religiosa.
Pois existe neles toda simbologia de nascimento e com as pinturas uma certa alegria também, mas e o ovo de chocolate????
Esse sim é o ponto, pois podemos até pensar que chocolate em culturas antigas era o "alimento dos deuses", mas hoje ele é o que mesmo? Acredito que hoje ele esta mais pra "alimento do corpo", e isso no sentido bem sexual do termo, com tudo isso volto a me perguntar, quando mesmo se perdeu a Páscoa? Ou melhor, onde se perdeu a Páscoa?
Assim como vocês não faço a mínima ideia, mas acredito que se queremos presentear alguém nessa Páscoa, seria melhor e/ou mais aceitável, fazer um bom ato de caridade e de amor pelo próximo, e quem sabe deixar um pouco de lado esse consumismo e toda a sua circunferencia para depois, mas nada impede da darmos um chocolate também, a final, que é bom é.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Pequeno monólogo da dor

I
Como tanger o intangível;
Querer aquilo que nos é mais longínquo;
Adorar o extamente inxorável;
Dizer de si aquilo que se diz dos outros;
Preservar na realidade do surreal;
Acreditar que tudo que se tem é o extao do não quere;
Ver em outro o reflexo exato da fraqueza;
Como ainda que certo duvidar do mecanicismo;
Achar que não é fluxo de sangue grosso e mal caminhado;
Levar em conta que tudo que se tem é o que se pode querer;
Indagar tantas vezes quanto possivel uma certeza tão certa;
Não duvidar que a dúvida que é minha, é tua;
E titubear em torno de um momento que não existe;
E ver em teus olhos que já não sei o que é;
E mesmo se o for, por que não pode ser pra mim;
Se minhas dúvidas se tornarem verdadeiras;
E tu com um único golpe me disser aquilo que não quero ouvir;
Terei eu paz, ou terei eu apenas o que é de todos?

II

Como tanger o intangível,
Se tuas mãos tocarem as minhas;
E nisso tudo for apenas momento;
por sorte minha ou falta dela;
Tu me deixares beijar-te;
Então tudo se tornará próximo;
E ver agora em mim aquilo que sempre busquei em ti;
Se agora eu mais uma vez vir que tenho tudo que quero;
Se não tiver mais dúvidas e apenas certezas;
Refletir de modo simplório o que é mais teu que meu;
Se o racionalismo tornar-se um mero gosto em teu corpo;
E como tudo for apenas mais um pensamento;
Meu mecanicismo deixaria de ser mecânico;
Seria eu então obra de um consumismo exagerado;
Formado por um quere violento de sangue grosso;
E meu cérebro apenas visse o meu pensamento;
Voltar para o teu caminho;
Gosto; Aconchego; Delírio;
E deposi de tudo eu mais vez voltasse ao que é meu;
Nem tu nem teu, mas meu como tudo no início;
E como última visão teu rosto límpido e claro;
Tuas mãos suaves e dlicadas como um pequeno corpo nascido;
Crescendo em mim um monte de ti;
O que posso fazer agora?

III
Como tanger o intangível;
E vejo agora que apenas desconstrui;
Tudo aquilo que nunca na verdade fui eu;
Ou mesmo meu ou tu ou nós;
E meu mecanicismo se inverter;
E verter de mim um riu, um lago, mar;
E fazer represa dói mais;
E a água passa com mais força;
E meu cérebro agora agoniza
jaz em mim um túmulo de destroços mal empilhados;
Encobrindo um monte de nada e tudo;
Resgatando o passado mais obtuso e negro;
Tu parada como se nada fosse e tudo apenas um grande silêncio
um grande eco de um som vazio de gritos que jamais saíram de mim;
Esquecerei dos pontos, das vírgulas, dos pensadores, dos pensamentos;
Gritarei no mais profundo silêncio teu nome
e direi a todos que tua ingratidão não é nada;
Pois o que dói mesmo não é teres o desgosto do não eu
nem mesmo o mar, surreal, mecanicismo, tangívle;
São as flores;
E a mim, é chorar, chorar, chorar...


Escrevi este texto, quando me permito escrever o que quer que seja, pensando em uma determinada pessoa, acredito até que na verdade não foi pensando na pessoa, mas em como seria a dor de te-la perdido, ou melhor ainda, observando essa dor. Não posso dizer que sei exatamente como seria perde-la, mas sei como posso imaginar tudo que ainda não construi ao lado desta, e que por ventura nem sei se teria sentido ser construído. O fato é que te-la não quer exatamente dizer que tenho, ou seja, sei aquilo que ela me permite saber, mas não posso dizer dos sentimentos alheios, sei que me castigo por um dia ter feito ela partir e/ou retornar, mas hoje mais que na época que escrevi sei que é complicado entender aquilo que nem mesmo sei explicar.
Algumas coisas são extamente como acontecem, mas e todas as outras que só posso imaginar? São essas que irão me martirizar e também serão essas que farão tudo acabar, tanto por mim quanto por ela. Não acredito que saberia conviver com isso, com a perda, mas também sei que não morrerei pelo mesmo motivo, o mais confuso acho que é saber-me amando e não saber-me amado.

Um dia vou entender melhor...































fui inúmeras vezes questionado sobre o que é o amor, mas não acho que realmente seja essa a questão. Acredito que na verdade o amor é um signo arbitrário que não significa nada além de uma convenção. Porém "amar", tem um significado que se confunde e/ou entrelaça ao significante, de maneira mais clara, a palavra "amor" é só isso mesmo, uma palavra, mas o sentimento de "amor", é muito mais amplo, tem em si, e fora dele, a força não só da expressão, mas da emoção e do gesto.
Não quero dizer com isso que sei amar, acho até que em muitas vezes nem sei mesmo o que fazer com "amor". São as pequenas coisas, as grandes, os momentos vividos e até mesmo aqueles que não podemos estar presentes, e esses geralmente estão em maior número. De qualquer forma amar é dizer "eu te amo" e amor é mostrar, quando não se quer nada em troca.

"Amar por primeiro"
VERDADE


A porta da verdade estava aberta,
mas só deixava passar
meia pessoa de cada vez.

Assim não era possível atingir toda a verdade,
porque a meia pessoa que entrava
só trazia o perfil de meia verdade.
E sua segunda metade
voltava igualmente com meio perfil.
E os meios perfis não coincidiam.

Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta.
Chegaram ao lugar luminoso
onde a verdade esplendia seus fogos.
Era dividida em metades
diferentes uma da outra.

Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
Nenhuma das duas era totalmente bela.
E carecia optar. Cada um optou conforme
seu capricho, sua ilusão, sua miopia.

Carlos Drummond de Andrade


Não sei exatamente quando conheci esse texto, mas sei exatamente o que ele me transmite. Em algum momento só podemos contar com a nossa verdade, seja ela parcial ou mesmo julgada completa.

O fato na verdade, é que sempre teremos os dois caminhos, e nem por isso será um menos válido do que o outro, no em tanto, as pessoas querem saber "a verdade", mas como explicar a verdade, como dizer que o que temos a ofertar-lhes é nossa verdade?

De nada vale aquilo que temos a dizer e/ou oferecer, temos apenas que cumprir com o fardo de satisfazer aquilo que outrem nem sabe o que é. A verdade é realmente esclarecedora, mas saber de fato qual verdade queremos, é quase como dizer " quero ouvir apenas o que me convém, seja bom ou ruim".

Das letrinhas aos quadrinhos.

Nunca me julguei um desenhista profissional, mas acredito que tenha alcançado meu objetivo com esse trabalho.
Teve um tempo que acreditei que seria até, não sei se por sorte e/ou falta de, me tornasse um quadrinhista, mas os fatos e a vida nos corroboram em caminhos que somente a eles interessam.

Bem no início de tudo.













A verdade esta presente nas crianças, assim como a mentira nas coisas feitas pelo homem.

Desta época a única lembrança que tenho são pequenas coisas que me fizeram feliz durante quase toda a minha infância, de todas as outras que lembro, apenas guardo recortes dispersos. Não por isso menos importantes, mas de certa forma menos representativos.