segunda-feira, 20 de abril de 2009

De dor e amor todos sofremos, uns mais outros menos.

Me matastes hoje mais do que em qualquer outro dia,
tirasse de mim e entregasse a dor sublime da alma,
se na dor o que te ofereço é amor, que pegues, e retornes
e se por ventura ainda souberes o que isso significa...
Vai-te, e leva contigo isso tudo, e deixes aqui um pouco de mim
que irei guarda-lo, e dele voltarei as chamas,e nelas as brasas.
Outrora o meu engano nos traiu, mas de que adianta a verdade?
Não sei a tua verdade, mas sei a dor que nela me trazes,
sei que nela o que tens é pouco,e que pra mim não basta.
Me arrastastes mais ao teu limbo, nem me deixes mais perto,
se o que queres é a indiferença, vai-te, e leva contigo isso tudo.
Ah! Te pedi tão pouco, mas nem isso és capaz, quase nada quis
só aquilo que poderias fazer por nós, mas te mostrasse nula,
Vil Serpente do deserto, não te darei mais nada, não criarei-te...
não em meu peito fervoroso, nem em minhas mãos carinhosas
Mas verdade seja dita, estou embebido em agonia, e mais nada.
E se peço-te pouco e nada podes me dar,
Vai-te, e leva contigo isso tudo, não me prives de ser novamente
se não juntos, se um, apenas eu, petrificado em mim mesmo,
Cão Malisento, não encontrarás mais nada em meu peito, nem coração...
não o meu, não o teu outrora revelado aqui dentro, és pequena.
És pequena pra mim, em adjetivos e substancia, és nada,
e se não podes ser tão pouco, se não podes ser capaz de doar-te.
Vai-te, e leva contigo isso tudo, e me deixes aqui como fazes,
não irei te impedir, nem pedir clemencia, o que podia já gritei...
não acharas mais em colo consolo, não que te sirva, não pra ti,
não regressarás a meio tom, pois esse é teu, e te peço inteira,
Ladainha Sotreta, não te deixarei nem um resquício do que sinto...
irei levando cada espaço antes teu, esses que não sabes ocupar.
Mas não te preocupes serei forte ainda, estarei mais vivo que agora,
e não te deixarei pensar feliz, mas te digo, és culpa, indiferença...
és a tua grande indiferença,e quem sabe o que mais...
quem pode além de si mesma saber o que mais,
quem pode dizer o que vais esconder, ou mesmo o que vais guardar.
Podes agora não mentir, mas podes agora esconder, pois és isso.
e se é só o que tens a doar-me, se ofereces tão pouco.
Vai-te, e leva contigo isso tudo,
Vil Serpente, Cão Malisento, Ladainha Sotreta.

3 comentários:

  1. Wagner Parabéns ficou muito legal, o nome que irá aparecer não é meu hehehe, sou modesta pssss... é que esse é meu e-mail fictício.
    Camila

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Oi Wagner, quanto tempo! Estou dando uma 'zapeada' pelo teu blog. Devo dizer que gostei muito! De vez enquando virei aqui para dar umas "fuxicadas". Beijão! Saudades ;)

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